Vale a pena financiar um imóvel com a alta dos juros?

Vale a pena financiar um imóvel com a alta dos juros?
Vale a pena financiar um imóvel com a alta dos juros?

Meados de 2020 a 2021, as condições para financiar um imóvel eram muito favoráveis, pois a taxa Selic estava em 2% ao ano, menor índice histórico. Com os juros baixos, realizar o sonho da casa própria estava ao alcance de quem queria fazer um financiamento. 

Já em 2022, o Banco Central começou com o aumento da taxa básica de juros, que iniciou o ano em 9,25%, e a tendência não é das melhores, vai subir ainda mais!

O que é a Taxa Selic ? 

Vamos entender um pouquinho mais sobre essa taxa e o que ela faz.

A Taxa Selic desempenha um papel muito importante na economia brasileira. A Selic é a taxa básica de juros da economia, ela influencia todas as demais taxas de juros no Brasil, como as cobradas em empréstimos e financiamentos e em aplicações financeiras.

SELIC significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, um programa virtual em que os títulos do Tesouro Nacional são comercializados diariamente por instituições financeiras.

Como funciona a Taxa Selic?

O governo tem duas formas de arrecadar dinheiro para fazer investimentos e pagar dívidas, arrecadar impostos e empréstimos por meio dos títulos do Tesouro Nacional.

Esses títulos do tesouro são certificados de dívida emitidos e vendidos pelo próprio governo através do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).

A maioria dos títulos é comprada por grandes instituições financeiras, que recebem o direito de uma data determinada, receber de volta o valor com o acréscimo de juros.

Por que a Taxa Selic é tão importante? 

A Selic foi criada em 1979, quando a economia brasileira passava por uma hiperinflação, a intenção sempre foi usar a Taxa Selic como uma ferramenta controladora da inflação, qualquer alteração que o Banco Central fizer na Taxa Selic, o resultado será a alta ou a queda da inflação.

Em outras palavras, esse é o termômetro:

  • Para desacelerar a economia, aumentar a Selic, impedindo que a inflação fique alta;
  • Para estimular o consumo, aquecer a economia, baixar a Selic, aumentando a inflação para que fique acima da meta. 

Quem decide o valor dessa taxa? 

A decisão do valor dessa taxa é do Comitê de Política Monetária do Banco Central – COPOM.

Eles se reúnem a cada 45 dias para definir se a taxa Selic aumenta, diminui ou fica estável.

Como fica o cenário para financiar um imóvel em 2022? 

A taxa Selic estava em queda desde o ano de 2016, chegando ao menor índice em agosto de 2020 e se manteve nesse nível até o início do ano de 2021.

Em função da pandemia, a política da economia era incentivar o consumo, visto que desacelerou por medo das pessoas, da incerteza do amanhã.

No entanto, ao mesmo tempo em que os juros ficaram baixos, as pessoas com renda média alta aumentaram seu interesse por imóveis.

Todo esse aumento foi reflexo do isolamento, as pessoas foram obrigadas a ficar mais em casa, com isso, a valorização do bem imóvel aumentou muito. 

Juros e custos mais altos 

Essa alta dos juros não reflete apenas nos imóveis para compra, mas no custo para a construção, as incorporadoras terão que repassar para o consumidor esse aumento da matéria prima. 

Somando todos esses fatores, o financiamento de imóveis não está muito favorável, pois a incerteza do futuro é grande em relação à economia.

Vale a pena financiar?  

Para quem não tem onde morar e precisa urgentemente, o ideal é procurar o imóvel e comprar o quanto antes, para aproveitar a taxa Selic, antes que ela aumente ainda mais, pois a perspectiva é de novos aumentos na Selic, que vai influenciar diretamente nos juros.

Para quem dispõe de dinheiro guardado, disciplina e pode esperar, o melhor é investir os recursos em um momento mais favorável, segundo os economistas, vai ser a partir do segundo semestre de 2023.

Para quem vai financiar agora, cuidado ao escolher a linha de crédito, a mais recomendável, segundo especialistas, é a TR, pois é mais previsível, além de ser pré-fixada, não causará um susto no aumento. 

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